Neste mesmo dia, há 42 anos, assinei matéria no Correio do Povo dando conta que em outros 60 dias deveria ser revelado o relatório final do Grupo Executivo da Região Metropolitana (GERM) – equipe mista de técnicos alemães e gaúchos – que indicaria recomendações para serem enfrentados os principais problemas monitorados nos então 14 municípios que integravam a chamada Grande Porto Alegre. Surgia uma espécie de plano diretor da região, que deveria ser tocado em conjunto pelos municípios-membros para resolver dificuldades comuns a todos eles.
Entre outras recomendações – um trem para transporte de massa era uma delas e anos depois surgiu o Trensurb – havia a de ser necessária a implantação de uma usina de tratamento de lixo que atendesse à região. O então prefeito de Porto Alegre, Telmo Thompson Flores, abraçou a ideia e chegou a propor tal usina das proximidades do Aeroporto Salgado Filho, mas a intenção foi torpedeada pela oposição. Sem qualquer razão mais sólida do que a de impedir uma iniciativa de um prefeito nomeado pelo governo militar.
Hoje a Grande Porto Alegre é integrada por 32 municípios (alguns deles certamente paridos na febre de emancipações que acometeu as terras gaúchas anos atrás) e à Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) é quem cabe o planejamento da região.
Como a chamada grande mídia pouca ou quase nenhuma importância dá para nossa área metropolitana – embora ela reúna quase 6 milhões de pessoas e concentre 70% da economia do Rio Grande do Sul – sabe-se muito pouco sobre como seus municípios vêm tratando os problemas detectados 42 anos atrás e os muitos outros que surgiram ao longo destas quatro décadas.
Confira o que se dizia no passado em https://cidadaochaves.com.br/wp-content/uploads/2014/09/Planejando-o-Futuro-da-Grande-Porto-Alegre-Correio-do-Povo-7.01.1973.pdf